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Um novo índice de habitabilidade para buscar planetas com vida

Astrônomos criaram uma maneira de comparar e avaliar planetas, para ajudar a priorizar quais dos milhões de objetos disponíveis devem ser priorizados na busca de vida fora da Terra.

O novo indicador, caracterizado graças ao Laboratório do Planetário Virtual da Universidade de Washington, foi denominado como “índice de habitabilidade de planetas em trânsito”, e apresenta-se em um artigo aceito para sua publicação na revista “Astrophysical Journal”.

“Basicamente, idealizamos uma maneira de obter todos os dados de observação que estão disponíveis e desenvolver um esquema de prioridades”, disse Rory Barnes, um dos autores, “pois à medida que adentramos em um momento que há centenas de destinos disponíveis, poderíamos ser capazes de decidir por onde começar”.

O telescópio espacial Kepler tem permitido aos astrônomos detectar milhões de exoplanetas, aqueles mais além do nosso sistema solar, muito mais do que se pode investigar de forma individual.

O Telescópio Espacial James Webb, cujo lançamento está mantido para 2018, será o primeiro capaz de medir realmente a composição atmosférica de um planeta rochoso, possivelmente parecido com a Terra, porém distante no espaço, e melhorar assim enormemente a busca de vida.

O novo índice se centra na possibilidade de que um planeta pode manter água líquida em sua superfície. Em seu projeto, os investigadores tiveram em conta as estimativas de planetas rochosos mais parecidos com a Terra.

Também representaram um fenômeno chamado de “degeneração excentricidade-albedo”, uma espécie de ato de equilíbrio entre o albedo de um planeta – a energia refletida de volta ao espaço desde a sua superfície – e a circularidade de sua órbita, o que afeta a forma e a quantidade de energia que recebe de sua estrela anfitriã.

Os dados não se contrastam entre si. Quanto mais alto é o albedo de um planeta, mais luz e energia se refletem fora do espaço, deixando menos na superfície para esquentar o mundo e ajudar a vida. Contudo, quanto mais não circular ou excêntrica seja a órbita de um planeta, mais intensa é a energia que se obtém ao passar próximo de sua estrela em seu percurso elíptico.

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